domingo, 3 de maio de 2015

Agonia das Rosas


Imagem retirada da Internet.



Suaves movimentos
Saboreando o sol,
Rosa e botão
Namorando o vento.

Rosa, a menina,
 plantou
tanto amor por suas rosas
seu nome tomou

Sonho fecundo
transformar amor em adubo
e da terra esperar
o presente oriundo

Agora o momento!
tormento e vontade
Rosa querendo,
 o fruto do amor, rosa e botão.
Impulso do crime
paixão

Rosa e a tesoura
tesoura e a rosa
tesoura e botão
Rosa correndo
o presente nas mãos
sangue verde
verde emoção

E agora 
o vento e a roseira
como no adeus - Solidão...

Sobre a mesa da sala
vaso em cristal
água fria, fria,
alimento final

Rosa contempla
Sem movimento
Sem o brilho do sol
namoro do vento.

Dias de dor.
Ritual.
Pétalas caídas
botões ambíguos
Terminal.

Lá fora 
Rosa e a roseira
Terra, sol e vento
Espera e momento...

 Eis que surge um botão!
e da Natureza 
O perdão.

Lourdinha Vilela 


foto Lú

Muitas das minha queridas amigas seguidoras  conhecem esse poema, outras ainda não, resolvi então
trazê-lo  de volta.
Me recordo agora que foi um dos meus primeiro poemas, lá no    Expresso do Interior..
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Eu particularmente gosto muito por que escrevi com muita emoção.
Beijos e um lindo e abençoado domingo .










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6 comentários:

  1. Vale muito ler e reler.Sem sombra de dúvidas ele é lindo e passa toda a emoção! bjs, ótimo domingo! chica

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  2. Lindo, Lourdinha!...eu o conhecia mas hoje atentei para um detalhe...o poema tem musicalidade
    embutida...na primeira leitura de hoje senti isso...a partir da quinta estrofe.
    A natureza faz parte da essência de Deus.
    Um abraço

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  3. Que poema lindo Lourdinha...E vale sempre a pena reler, pois a cada vez, o sentimos mais!
    Beijos!
    Mariangela

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  4. O poema é lindo! não gosto de colher as flores do meu jardim, fico sempre com pena no momento de mudar as jarras e vejo as pétalas caídas...
    Bjs

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  5. Oi Lourdinha,

    Não me lembro de ter lido o poema. É lindo!
    Adorei a composição dos versos.
    A primeira imagem provoca agonia no olhar, mas a segunda, de sua autoria, é uma lindeza.

    Beijão.

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  6. Você fez bem em publicá-lo, Lourdinha. Mesmo quando lemos, acabamos nos esquecendo, com o tempo. E ele tem algo especial. Lá fora, a natureza se recompõe. Quando a mutilamos, para satisfazer um prazer, nós a destruímos. Seus versos têm uma construção linda. Bjs.

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